28/10/2007

A Consciência Primordial

Quando o Criador fez manifestar toda a sua criação, emanação de si mesmo, no surgimento das estrelas, dos planetas, dos sistemas solares e das galáxias, toda a consciência era una: a Consciência Primordial. Esta consciência esteve circulando dentro da criação, durante bilhões de anos, expandindo-se e contraindo-se, entrando e saindo das galáxias, observando a matéria que o Criador gerou, à sua beleza, o seu poder e o seu potencial. Percebia o campos gravitacionais e a vida dinâmica dó plano material, um constante desafio para a consciência. A vida biológica ainda não existia. Então, parte da Consciência Primordial enfocou a sua atenção na matéria e em seu campo vibratório, de uma forma desconhecida, porém, poderosa. Aos poucos, foi-se aproximando suavemente, permeando-a, dando-lhe vida e fazendo com que as partículas inertes desta matéria vibrassem. Era como se fosse um sopro sutil de vida, um leve ondear das águas ou uma leve brisa soprando. Esta era a primeira simbolização do contato entre espírito e matéria. A outra parte da Consciência Primordial permaneceu fora da matéria, encaminhando-se para realizar outra experiência. O Reino Angélico A parte não materializante da Consciência Primordial denominou-se de REINO ANGÉLICO. A parte materializante foi a que denominamos HUMANIDADE. Aqueles qua foram denominados ANJOS tiveram a função de acompanhar o processo da humanidade e ajudá-la na sua evolução. A medida que a Consciência foi penetrando na matéria, foi também esquecendo-se de sua origem e natureza cósmica. Processo este necessário para divinizar a matéria evolutivamente. Foi justamente esta identificação que levou o ser humano ao esquecimento de sua origem. Houve nesse tempo, um acordo entre os dois - lados, a fim de que um dia, os Anjos ajudassem a humanidade a recordar-se coletivamente de sua origem, despertando a sua consciência para a sua origem divina. O Processo de Evolução A medida em que a Consciência entrava mais na matéria, tornava-se maior a sua identificação com a mesma e esquecia-se de sua origem. No princípio, a Consciência ainda percebia-se unida ao Todo. Contudo, a identificação com a matéria alcançou tal ponto, que se sentiu separada de Toda a Criação, perdendo o seu sentido de unidade com Deus. Desta separação surgiu um pequeno ego. Nesse exato momento, deu-se a “queda” que o levou à “expulsão do Paraíso”. Com sua grande identificacão com a matéria, sentiu-se totalmente dependente dela. Separado do Todo, surgiu o Medo, onde começou a perceber-se somente na consciência espaço-tempo, centralizando-se em seu pequeno ego, perdendo a sua identificação com o Criador. Este deslocamento da Consciência deu-se aos poucos. Um processo lento, mas suficiente para começar uma longa descida através dos vários níveis da Consciência, reprimindo cada vez mais a energia e enquadrando-a nos limites da matéria. O Reino Angélico vive dentro da liberdade total, uma liberdade natural. Para o homem, a liberdade seria uma CONQUISTA, e por isto, consciente. Para esta conquista o homem foi dotado de LIVRE ARBÍTRIO para que através de sua próprias escolhas alcançasse a liberdade. O homem, através da percepção da dualidade, começou a utilizar-se do Livre Arbítrio, analizando, apreciando ou não, os caminhos oferecidos, por esta nova forma de “perceber” a Criação. Começou a sentir o Bem em oposição ao Mal, o Certo e o Errado, o Feio e o Bonito, ao invés de observar a unidade da vida como antes percebia. om a perda da confiança na perfeição do projeto universal veio a “queda” da Consciência para níveis cada vez mais densos. Faltou-lhe a fé que permitiu que o medo o atingisse.

O Propósito

Apesar da “queda” da Consciência, o homem não é prisioneiro dos eventos guardados pela memória coletiva. Não nasceu para queda e para o medo, mas sim, para a presença de Deus todos os dias. Contudo, o homem teima em não acreditar no propósito universal, e persiste em continuar crendo no medo e nas falsas crenças oriundas da visão distorcida da vida. De fato, o homem dorme sob a influência desse encantamento, que é uma ilusão que o impede de perceber quem realmente ele é. A missão dos anjos, nesse planeta, é tirá-lo desse sono da forma mais viável.

O SINAL convencionado do despertar coletivo foi dado há mais ou menos 2000 anos. As Leis Universais colaboram no processo do despertar, dando à Humanidade suporte e ao mesmo tempo, um limite, visto que o Livre Arbítrio é apenas como um treino para chegar-se à liberdade. Na verdadeira liberdade não existe a necessidade vital de “escolhas”. O Reino Angélico quer estabelecer contato com todo o reino humano e não somente com alguns da espécie. Apenas um tênue véu separa o homem da sua verdadeira natureza e é a missão angélica que ajuda o homem a transpô-lo e a despertar para a realização de seu destino.

A linguagem dos Anjos No estado de consciência, no qual os Anjos vivem, não existe uma comunicação verbal como a do homem. A linguagem humana foi criada pela humanidade para facilitar a comunicação dentro da matéria e, na realidade, expressa pobremente a mensagem angélica. A linguagem original dos homens é a linguagem dos Anjos. Podemos chamá-la de linguagem da luz porque é uma comunicação vibracional, é pura energia. Estamos agora sendo ajudados a recordá-la através da inspiração e da intuição. A linguagem humana é conceitual, concreta; a dos Anjos é vibracional (emite onda de som e luz e só a captamos através da sensibilidade). À medida em que o homem for recordando-se desta forma de comunicação, conseguirá captar e traduzir melhor as Mensagens Angélicas. Quanto mais o homem abrir-se para a compreensão do que está além dos limites das palavras, quanto mais silenciar os pensamentos e focalizar a sua atenção na vibração mais sutil, compreenderá mais rapidamente as mensagens que lhe são enviadas. Quanto mais o homem libertar-se das definições e conceitos, geralmente ilusórios, mais existirá a possibilidade de uma grande mudança acontecer. Quanto mais a humanidade abrir-se para a sintonia com essa mensagem, mais próxima estará da transformação, começando a perceber-se Una com o Criador.

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