28/10/2007

José Gabriel da Costa:

Trajetória de um brasileiro, Mestre e Autor da União do Vegetal
Sérgio Brissac

1. Introdução Este texto visa traçar a trajetória de José Gabriel da Costa, fundador da União do Vegetal, e relacioná-la com aspectos da especificidade cultural brasileira. Acompanhando o percurso de sua vida, é possível tecer uma ampla rede de relações com diversas configurações culturais presentes na sociedade brasileira. Este texto restringir-se-á a uma breve exposição dessa trajetória, através do recurso às poucas fontes de informação disponíveis, limitando-se a apontar somente algumas possíveis linhas de investigação, a serem desenvolvidas oportunamente. Em 22 de julho de 1961, José Gabriel da Costa, chamado por seus discípulos de Mestre Gabriel, fundou a União do Vegetal, a UDV, na Amazônia, em região próxima à fronteira entre o Brasil e a Bolívia. . Como centro da atividade religiosa do grupo está a ingestão da Hoasca ou Vegetal, chá obtido a partir de duas plantas, um cipó denominado mariri, Banisteriopsis caapi, e um arbusto chamado chacrona, Psychotria viridis. No ano de 1965, José Gabriel da Costa mudou-se para Porto Velho, onde consolidou a União recém-fundada. Em 1967, após incidentes de perseguição policial ao grupo em Porto Velho, é encaminhada a constituição de uma entidade civil, primeiramente denominada Sociedade Beneficente União do Vegetal, adotando depois o nome definitivo de Centro Espírita Beneficente União do Vegetal. Ainda em vida de Mestre Gabriel, foi fundado o núcleo de Manaus e em 1972, um ano após seu falecimento, já se inaugurou o núcleo de São Paulo. Em 1998, havia em torno de 70 núcleos espalhados por todo o Brasil, totalizando aproximadamente 7 mil sócios. 2. José, o menino de Coração de Maria No dia 10 de fevereiro de 1922, na localidade de Coração de Maria, próxima a Feira de Santana, Bahia, nasce José Gabriel da Costa. Filho de Manuel Gabriel da Costa e Prima Feliciana da Costa, José nasce em uma numerosa família de treze irmãos: João, Dionísio, Otacílio, Pedro, Romão, Maria, “Miúda”, José Gabriel, “Sinhá”, Alfredo, Antônio, Maximiano, Hipólito. No livro União do Vegetal: Hoasca; Fundamentos e Objetivos, o único texto editado para o grande público até o momento pela instituição, apenas três páginas tratam da vida do fundador da UDV. Assim, tivemos de buscar informações junto a parentes e outras pessoas que com ele conviveram, além de pesquisar no jornal Alto Falante, do Departamento de Memória e Documentação da UDV. Segundo seus parentes, desde pequeno, José já se destacava como alguém especial. Contam que ainda criança, ele auxiliou uma mulher com dificuldades de parto. O bebê se encontrava mal posicionado e a parteira temia que morressem mãe e filho. José entra no quarto, manda todos saírem, tranca a porta e logo em seguida a destranca. Quando o menino abre a porta, simultaneamente nasce a criança. Na década de 20, o menino José cresce em um meio rural fortemente marcado pelo catolicismo popular. Uma recordação que narram de sua infância é que o “garoto ia aos domingos à igreja de sua cidade e levava com ele um barbante. Durante a missa, amarrava as pessoas umas às outras, pelos passantes das roupas, sem que elas percebessem”. Nas chamadas, hinos entoados durante o ritual da UDV, há referências constantes a Jesus e a vários santos católicos: a Virgem da Conceição, São João Batista, a Senhora Santana, São Cosmo e São Damião. Aos 13 anos de idade, em 1935, José vai trabalhar em Salvador. Emprega-se em diversos estabelecimentos comerciais. Aos 18 anos, presta serviço militar voluntariamente na Polícia Militar da Bahia, chegando em poucos meses à patente de cabo de esquadra. Segundo seu irmão Antônio, atualmente também mestre na UDV, José Gabriel “conheceu todas as religiões, conheceu os terreiros de Salvador, andou por todas as religiões procurando a realidade”. Segundo outro mestre, José iniciou na “ciência espírita” com apenas 14 anos. Provavelmente, esta informação refere-se à participação de José em terreiros de candomblé, e não em centros kardecistas, com os quais entretanto ele também entrou em contato, só que posteriormente, ainda quando morava em Salvador. Segundo o pesquisador Afrânio Patrocínio de Andrade, José Gabriel freqüentou sessões espíritas kardecistas na Bahia . Foi, aliás, em Salvador que teve início o espiritismo kardecista no Brasil, no ano de 1865. Luís Olímpio Teles de Menezes fundou nesse ano o centro espírita Grupo Familiar do Espiritismo. De acordo com Patrocínio de Andrade, certos temas recorrentes na União do Vegetal poderiam ter sido colhidos do espiritismo kardecista. Antes de mais nada, a visão reencarnacionista, um dos eixos fundamentais da visão de mundo da UDV. Assim como o lema “Luz, Paz e Amor”, denominado o “símbolo da União”, poderia provir dos temas espíritas da “luz interior”, da “paz de espírito” e do “amor ao próximo” (ou caridade). A própria ênfase na “União” é freqüente entre os espíritas no Brasil. 3. O capoeirista Segundo declarações de familiares, o jovem José foi considerado pelos prosadores populares um dos melhores da região. Como cantador repentista teve sucesso inclusive em Alagoas e Sergipe. Também se destacou na capoeira, chegando a ser considerado um dos melhores do Nordeste. O livro de Ruth Landes, A cidade das mulheres, nos auxilia a traçar um panorama dos ares soteropolitanos da década de 30, que José tantas vezes respirou. A autora é levada por Edison Carneiro para assistir uma capoeira. Ela descreve detalhadamente a seqüência do jogo, e em certo momento, observa: “silenciados os ecos do desafio, terminada a rodada, os dois homens andavam e corriam sem descanso em sentido contrário aos ponteiros do relógio, um atrás do outro, o campeão à frente com os braços levantados”. É interessante notar que no ritual da UDV a circulação das pessoas no salão se faz também no sentido anti-horário, pois “este é o sentido da força”. Na capoeira, José cultiva uma série de habilidades postas em prática posteriormente, em suas experiências de incorporação nos toques de caboclo como Sultão das Matas. Do mesmo modo, tais habilidades também foram exercitadas como Mestre da UDV. Evocadora desse ambiente capoeirista é a cantiga de domínio público gravada por Nara Leão, às vezes tocada em sessões da UDV: “Minino, quem foi teu mestre? Meu mestre foi Salomão. A ele devo dinheiro, saber e obrigação. O segredo de São Cosme quem sabe é São Damião, olê Água de beber, camarada água de beber, olê Água de beber, camarada faca de cortar, olê Faca de cortar, camarada, Ferro de engomar, olê Ferro de engomar, camarada Perna de brigar, olê Perna de brigar, camarada. Minino, quem foi teu mestre?” Parece estar relacionada à capoeiragem a decisão do jovem José de viajar da Bahia para o Norte. De acordo com relato de seu filho Carmiro da Costa, em 1943 José envolve-se num conflito. Um amigo seu, de nome Mário, tem o pé pisado por um policial. José Gabriel “compra a briga do Mário”. Este foge e os policiais seguram José. Num golpe de destreza, ele consegue se desvencilhar dos policiais. Segue para um navio, para onde tinha ido se refugiar o amigo Mário. Os dois se alistam no “Exército da Borracha” e rumam para o Norte no navio Pará, da frota do Lloyd Brasileiro. Chegando a Manaus, embarcam no navio Rio Mar, com destino a Porto Velho, onde chegam no dia 13 de setembro de 1943. Os dois vão juntos para o trabalho na seringa e fazem um “pacto de amigo”, de só se separarem pela morte. No seringal, José Gabriel cumpre até o fim esse pacto, cuidando de Mário, que adoece com leishmaniose. Chega a carregar Mário nas costas por vários quilômetros. Quando o doente morre, seu amigo sozinho o enterra na floresta. Tudo indica que Mário era companheiro de capoeira de José Gabriel. No mundo da capoeiragem na época, a ética dos grupos sublinhava a importância da solidariedade e fidelidade entre os camaradas. E eram freqüentes os conflitos entre os grupos, com a polícia ou com indivíduos de outros segmentos da sociedade. Em dissertação acerca da capoeira no Rio de Janeiro de 1890 a 1937, Antonio Pires afirma que “as relações de conflito e solidariedade na capoeiragem estiveram permanentemente relacionadas com os conflitos mais gerais da sociedade”. Parece que já se esboça nesse tempo a preocupação de José Gabriel com a “justiça”. Sua participação na capoeiragem em Salvador não conflita com seu engajamento profissional, primeiramente como comerciário e depois como enfermeiro. Como observa Antonio Pires quanto à capoeira no Rio, “a maioria dos capoeiras comprovaram manter vínculos com o ‘mundo do trabalho’, descaracterizando o estereótipo de vadios construído em relação a eles.” 4. O seringueiro do Exército da Borracha Chegando no Território de Guaporé, atual Estado de Rondônia, José Gabriel se insere num ambiente com uma configuração ecológica e sócio-cultural bem distinta da Cidade de Salvador. O extrativismo da borracha, depois de seu período de boom, entre 1890 e 1912, havia em seguida atravessado uma fase de declínio, devido à concorrência no mercado internacional da borracha extraída na Ásia. Com a Segunda Guerra Mundial, apresentou-se a necessidade de borracha para os exércitos Aliados. Com a assinatura de acordos com os Estados Unidos, o Governo Vargas iniciou uma ampla campanha de recrutamento de trabalhadores, principalmente nordestinos, para a extração gomífera no Norte. Foi criado o SEMTA, Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia, que, somente no ano de 1943, encaminhou 13 mil pessoas, segundo dados oficiais. No mesmo ano de 1943, José Gabriel integra essa massa de trabalhadores nordestinos que se lançam como “brabos” nos seringais amazônicos. “Brabo é gente que nunca cortou seringa, nunca andou na floresta. Sofremos muito, como brabo” - declara Pequenina, esposa de José Gabriel. O sofrimento daqueles homens, submetidos a condições de vida e trabalho extremamente penosas, em um ambiente desconhecido, sem o auxílio governamental prometido pela propaganda oficial, ficou bem marcado na memória dos sobreviventes da “batalha da borracha”. A antropóloga Lúcia Arrais, que está elaborando sua tese de doutorado a respeito dos soldados da borracha, recolheu o seguinte depoimento, de um Sr. Chico, ex-soldado da borracha, que bem se assemelha ao da esposa de José Gabriel: “.... a casa dele era bem pequenininha num tinha onde a gente dormir. Dormimo no teto mermo. Carapanã! Carapanã, Lúcia! e agora, a comida? Tudo brabo, tudo... a gente já tinha deixado a Companhia [SEMTA] já... Aí fiquemo aí sofrendo.. fiquemo jogado que nem cachorro na beira do rio... [Qual?] era o Solimões acima de Tefé. Aí eu disse: ‘ombora pessoal! vamo meu povo!, bora cuidar!, bora se virar’.” Arrais observa que aqueles que conseguiram sobreviver a condições tão adversas foram homens de significativa inteligência e iniciativa, que conseguiram adaptar seus esquemas de percepção e recursos cognitivos à nova realidade em que se encontravam: “Numa atitude de quem vive em estado de autodefesa permanente, o Sr. Chico diz: ‘ombora pessoal! bora se virar!’. E então escolhem uma linha de ação onde predomina a iniciativa e a coragem. Onde prevalece a concentração dos recursos da percepção, da memória e da atenção para dirigir esforços na descoberta de meios capazes de resolver a questão.” José Gabriel foi um desses homens de aguda inteligência e destreza, que não somente conseguiu sobreviver como chegou a ser considerado pelos seus companheiros como o “Tuxáua”, o seringueiro que coletava maior quantidade de seringa na região. Tais êxitos eram acompanhados de dureza e sofrimento, como quando José Gabriel pisou em uma arraia, e teve de passar “um ano e dez meses sem poder andar, de muleta”. 5. O ogã do terreiro de Chica Macaxeira Depois de trabalhar um tempo no seringal, José Gabriel muda-se para Porto Velho, onde fica trabalhando como servidor público, enfermeiro no Hospital São José. Conhece, em 1946, Raimunda Ferreira, chamada Pequenina, com quem se casa no ano seguinte. Em Porto Velho, “Seu” Gabriel atendia pessoas em sua casa, pois jogava búzios. Mais tarde, se torna Ogã e Pai do Terreiro de São Benedito, de Mãe Chica Macaxeira. Esse terreiro foi citado por Nunes Pereira, que o visitou, possivelmente em meados da década de 60 ou no início dos anos 70. O pesquisador maranhense reconhece o terreiro de Porto Velho como sendo da tradição mina-jeje, oriundo da Casa das Minas. “Os toques, inegavelmente, tinham a rítmica que me era familiar não só da Casa das Minas, de São Luís do Maranhão, como do Bogum de Mãe Valentina, em Salvador, Estado da Bahia.” É surpreendente descobrir que Nunes Pereira encontrou no Terreiro de Chica Macaxeira uma “inovação no ritual mina-jeje, o uso da ayahuasca. E isso, sem dúvida, para estimular , paralelamente, com os cânticos rituais e com a voz sagrada dos tambores, ogãs e gôs, o estado de transe, a possessão que ligam os Voduns do panteão daomeano ou do ioruba às gonjais e noviches que o cultuam”. Ora, no tempo em que José Gabriel lá trabalhava como Ogã, não havia utilização da ayahuasca no culto, tanto que ele somente viria a conhecer a bebida anos depois, no seringal. Assim, é legítimo deduzir que a Mãe-de-Terreiro Chica Macaxeira conheceu a ayahuasca através de seu antigo Ogã e Pai-de-Terreiro José Gabriel. Quando Nunes Pereira visitou o terreiro, o conjunto dos cânticos era lá denominado Doutrina da Ayahuasca. “Nomes de santos católicos, nalguns desses cânticos, se misturaram com os dos Voduns mina-jejes, tais como Xangô, Badé, Avêrêquête, e os ditos Barão de Goré, Sultão das Matas, Marangalá, Jatêpequare, Tindarerê, etc.” É significativo que nos anos 60 ou 70 haja a presença do Sultão das Matas na lista das entidades do terreiro, já que, como se verá adiante, José Gabriel “recebia” esse caboclo quando trabalhava num terreiro que armou no seringal, nos anos 50. 6. O Sultão das Matas e os xamãs da fronteira boliviana Até 1950, José Gabriel morava com Pequenina em Porto Velho. O casal já tivera dois filhos: Getúlio e Jair. Além de trabalhar como enfermeiro, ele tinha também uma taberna de bebidas. E gostava de política. Diante dos dois partidos que disputavam o governo do Território de Guaporé, o de Rondon e o de Aluísio, José Gabriel era pró-Rondon. No entanto, seu candidato perdeu, e ele foi perseguido em seu emprego público no hospital. Tendo de se afastar de seu trabalho, José resolve voltar para o seringal. E sua mulher discorda: “Eu disse: ‘Não, o que é isso? Eu não nasci no seringal, em mato. Não quero criar meus filhos sem saber ler e escrever.’ Ele disse: ‘É porque eu vou atrás de um tesouro.’ Mas eu era uma pessoa de cabeça cheia de muitas coisas e achei que era riqueza material que ele ia achar, e nós ia enricar, ter uma vida de rosa. Então, quando ele disse que ia, eu disse: ‘Então, vamos.’ Então eu digo que esse tesouro que ele encontrou junto comigo e os dois filhos, pra mim, é um tesouro tão maravilhoso que dinheiro nenhum não paga essa felicidade. (...) Então, esse tesouro, que é a União do Vegetal, tem me amparado.” Nestas palavras de Mestre Pequenina e provavelmente também na afirmação de José Gabriel, poder-se-ia detectar a presença dos motivos edênicos que povoaram o imaginário das populações que se defrontaram com a floresta amazônica. Nos sonhos e anseios dos nordestinos pobres que se lançam na aventura da borracha ecoam ainda as buscas das “estranhas coisas deste Brasil”: do Eldorado, da Lagoa do Vupabuçu, ou da serra anunciada por Filipe Guillén, “que ‘resplandece muito’ e que, por esse seu resplendor era chamada ‘sol da terra’ ”. Posteriormente, o sonho do tesouro a ser encontrado na selva é resignificado, passando a expressar a União do Vegetal, que nasce da floresta, de um líquido também dourado, denominado por vezes de “chá misterioso”. No seringal Orion, José Gabriel abriu o terreiro no qual “recebia” o caboclo Sultão das Matas. Como recorda Mestre Pequenina, “vinha gente de tudo quanto era seringal” consultar o Sultão das Matas. E ele curava as pessoas, assim como indicava o lugar certo onde se encontrava caça. Adaptando-se a um novo contexto sócio-ecológico-cultural, José Gabriel dirige um rito sincrético afro-indígena, no qual o valor simbólico da floresta, que perpassa toda a vida dos seringueiros, fica evidente. Tal rito, designado pelo filho de José Gabriel simplesmente como “macumba”, parece assemelhar-se à pajelança cabocla amazônica, uma forma de xamanismo não-indígena na qual tem importância fundamental a noção de incorporação do curador por entidades espirituais que agem através dele para a cura dos doentes. No entanto, certamente permaneciam marcantes nos toques do Seringal Orion os elementos religiosos afros vivenciados anteriormente por José Gabriel, seja na Bahia, seja em sua participação no Terreiro de São Benedito de Porto Velho. Mais tarde, quando já estão em outro seringal, Pequenina fica sabendo de um chá: “o pessoal vê isso, vê aquilo, o cara falou até com o filho depois de morto”. Ela fala a José Gabriel e ele vai pedir o chá ayahuasca a quem o distribuía no lugar. Mas o homem disse que “não dava o Vegetal praquele baiano que sabe aonde as andorinhas dormem”. Tempos depois, no seringal Guarapari, numa colocação chamada Capinzal, na região da fronteira boliviana, José Gabriel recebe pela primeira vez o chá de um seringueiro chamado Chico Lourenço, no dia 1° de abril de 1959. Chico Lourenço representa uma tradição indígena-mestiça de uso xamânico da ayahuasca que se espalha por uma ampla região da Amazônia ocidental. Tal tradição é designada posteriormente pela UDV como a dos “Mestres da Curiosidade”. Aí se inicia nova etapa na trajetória de José Gabriel. 7. O Mestre e Autor da União do Vegetal José Gabriel bebe apenas três vezes o chá com Chico Lourenço. Logo depois, viaja por um mês para levar um filho doente a Vila Plácido, no Acre, e quando retorna traz um balde com o cipó mariri e a folhas de chacrona que colheu no caminho. Diz à mulher: “Sou Mestre, Pequenina, e vou preparar o mariri”. Segundo seu filho Jair, “nesse período o Mestre Gabriel não deixou a macumba não. Ele fazia uma Sessão de Vegetal e uma de umbanda.” Somente em 1961 ele reuniu as pessoas e disse: “Eu quero falar pra vocês que tudo que o Sultão das Matas fez eu sei: Sultão das Matas sou eu.” Este é um dos momentos mais importantes de ruptura de José Gabriel com a tradição religiosa à qual estava ligado anteriormente. Ao postular para si mesmo o poder antes atribuído à entidade Sultão das Matas, o agora Mestre Gabriel nega a incorporação dos cultos de caboclo e configura o transe que será típico da União do Vegetal: a burracheira. A burracheira, que segundo Mestre Gabriel significa “força estranha”, é a presença da força e da luz do Vegetal na consciência daquele que bebeu o chá. Assim, trata-se de um transe diverso, no qual não há perda da consciência, mas sim iluminação e percepção de uma força desconhecida. Há uma potencialização dos sentimentos, das percepções e da consciência do indivíduo. Em seguida, Mestre Gabriel e sua família se mudam para o seringal Sunta. No dia 22 de julho de 1961, ele reúne as pessoas para um preparo de Vegetal. Nesse dia, o Mestre Gabriel declara criada a União do Vegetal. Ou melhor, afirma que a UDV foi recriada, já que ela teria existido no passado, quando ele mesmo teria vivido em outra encarnação. No dia 6 de janeiro do ano seguinte, Mestre Gabriel se reúne com doze Mestres da Curiosidade no Acre, em Vila Plácido. Numa sessão, eles reconhecem Gabriel como o Mestre Superior. Finalmente, no dia 1° de novembro de 1964 é realizada uma sessão na qual o Mestre Gabriel afirma que fez a Confirmação da União do Vegetal no Astral Superior. Logo depois, em 1965, ele se muda para Porto Velho, para lá consolidar a nascente instituição. Apenas seis anos depois, se deu o falecimento de José Gabriel da Costa, no dia 24 de setembro de 1971. 8. Conclusão Descrevendo-se em largos traços a vida de José Gabriel da Costa, fica patente a sua participação numa larga seqüência de configurações culturais muito próprias da sociedade brasileira: o catolicismo popular rural do interior da Bahia, a capoeiragem e os cultos afro-brasileiros de Salvador, a vida sofrida de seringueiro na Amazônia, a experiência de incorporação dos cultos de caboclo, o transe xamânico do hoasqueiro, e, finalmente, a atuação carismática do fundador de um novo movimento religioso. A maleabilidade, a destreza, a vivacidade e a ginga da capoeira contribuíram para que José Gabriel viesse a elaborar uma inovadora síntese de diversos elementos culturais e religiosos, num culto profundamente adaptado à realidade sócio-cultural amazônica. E não apenas adaptado a esta, mas com virtualidades para se expandir por todo o Brasil, exatamente por ser constituído por uma criação vigorosa que se apropriou de configurações provenientes de diversas regiões brasileiras. O que ensina Gilberto Freyre pode inspirar a conclusão deste texto: “Verificou-se entre nós uma profunda confraternização de valores e de sentimentos. Predominantemente coletivistas, os vindos das senzalas; puxando para o individualismo e para o privatismo, os das casas-grandes. Confraternização que dificilmente se teria realizado se outro tipo de cristianismo tivesse dominado a formação social do Brasil; um tipo mais clerical, mais ascético, mais ortodoxo; calvinista ou rigidamente católico; diverso da religião doce, doméstica, de relações quase de família entre os santos e os homens, que das capelas patriarcais das casas-grandes, das igrejas sempre em festas - batizados, casamentos, ‘festas de bandeira’ de santos, crismas, novenas - presidiu o desenvolvimento social brasileiro.” José Gabriel da Costa, nascido nessa sociedade propensa a hibridismos, plena de plasticidade e inclusividade, elabora uma nova religião que também é “doce”, na medida em que privilegia o sentir e propicia ao indivíduo espaço para que ele próprio construa suas reinvenções criativas.

Herculano Pires
A lenda do dilúvio, que encontramos em Gênesis: VII e VIII, é uma dessas passagens bíblicas que só podem ser tomadas ao pé da letra pelo fanatismo e a ignorância. Pouco importa que durante séculos as religiões cristãs, com seus doutores e sacerdotes, tenham sustentado a realidade literal dessa lenda. A verdade histórica é apenas esta: a lenda do dilúvio corresponde a um dos arquétipos mentais atualmente estudados pela psicologia profunda. Os estudos de Karl Jung a respeito são bastante esclarecedores. Mas o arquétipo coletivo, que corresponde no plano social aos complexos psicanalíticos do plano individual, não é uma abstração. Pelo contrário, é uma realidade psíquica enraizada nos fatos concretos. O dilúvio bíblico, por isso mesmo, tem duas faces: uma é a realidade histórica, a ocorrência real da catástrofe; outra é a interpretação alegórica, enraizada no arquétipo coletivo e que o texto sagrado oferece. O Livro dos Espíritos explica o problema do dilúvio através dessas duas faces, a real e a lendária. É o que vemos no seu item 59, nas "Considerações e Concordância Bíblicas referentes à Criação" , que se podem resumir nestas palavras: "O dilúvio de Noé foi uma catástrofe parcial, que se tomou pelo cataclismo geológico". Aliás, essa afirmação de Kardec foi posteriormente confirmada pelas investigações científicas. O arqueólogo inglês sir Charles Leonardo Wooley descobriu ao norte de Basora, próximo ao Golfo Pérsico, ao dirigir as escavações para a descoberta dos restos da cidade de Ur, as camadas de lama do dilúvio mencionada na Bíblia. Pesquisas posteriores completaram a descoberta. O dilúvio parcial do delta dos rios Tigre e Eufrates é hoje uma realidade atestada pela Ciência. Foi esse dilúvio, ou seja, uma inundação parcial, que serviu de motivo histórico para a lenda bíblica.

Como acentua Kardec, nada perdeu com isso a Bíblia, nem a Religião. Mas ambas são diminuídas quando o fanatismo insiste em defender um absurdo, quando teima em dizer que Deus afogou o mundo nas águas de uma chuva de quarenta dias e fez Noé salvar-se, com a própria família e as privilegiadas famílias dos animais de cada espécie existente, para que a vida pudesse continuar na Terra. Sustentar como realidade histórica a figuração ingênua de uma lenda, conferindo-lhe ainda autoridade divina, é ridicularizar o sentimento religioso e minar as bases da concepção espiritual do mundo. Foi esse processo infeliz de ridicularização que levou o nosso tempo ao materialismo e à descrença que hoje o dominam. Que diriam os fanáticos da "palavra de Deus" ao saberem que o dilúvio bíblico tem por antecessores o dilúvio babilônico de Gilgamesch, historicamente chamado de "o Noé babilônico", e o dilúvio grego de Deucalião? O Espiritismo esclarece esse problema, mostrando que o "arquétipo coletivo" do dilúvio é responsável pelo seu aparecimento em diversos capítulos da História das Religiões, e até mesmo na pré-História, entre os povos selvagens. É esse um dos pontos mais curiosos da psicologia das Religiões. (...) Curioso notar que Deucalião, o Noé grego, e Pirra, sua mulher, tiveram três filhos, como aconteceu com Adão e Eva e depois com Noé. Em todas essas coincidências comprova-se a origem mitológica e a presença dos arquétipos coletivos nas passagens supostamente históricas da Bíblia. Querer sustentar a realidade desses fenômenos ingênuos e impô-los ao povo como verdades divinas é querer confundir religião com superstição. O Espiritismo prefere esclarecer esses problemas à luz da razão. (...) Tudo nos mostra, numa análise cultural da Bíblia, que ela deve ser interpretada na perspectiva das civilizações agrárias, a que realmente pertence. A lenda do dilúvio, que é também um mito agrário e ocupa todo o espaço dos capítulo 6 a 10 da Gênesis, confirma plenamente o caráter local e racial do livro que as igrejas cristãs consideram como "palavra de Deus". As civilizações agrárias, como acentuou Durkheim a respeito das cidades gregas, explicam-se pela Cosmossociologia. O cosmos participa das estruturas sociais, pois o homem está profundamente ligado à Natureza, entranhado na Terra. Por isso vemos, no dilúvio bíblico, Deus falando a Noé, este procurando embarcar todos os seres vivos na arca e servindo-se, depois, do corvo e da pomba para saber se o dilúvio acabara. Deus, homens e animais convivem e se entendem. Não existe uma sociedade, mas uma cosmossociedade. A própria duração do dilúvio (quarenta dias) obedece a ritmos naturais, como o das estações, dos períodos lunares, das enchentes, dos períodos críticos da vida humana ou mesmo da gestação de animais ou do desenvolvimento dos vegetais. Noé solta um corvo da arca para saber se o dilúvio acabara; a seguir, uma pomba; sete dias depois (o número sete é também significativo) solta de novo a pomba e recolhe de volta com as mãos (símbolo carinhoso da relação homem-animal). Todos esses pormenores são encontrados nas lendas do dilúvio referentes a vários povos antigos da Ásia, da Europa e da América, entre os quais os índios brasileiros. Entre os índios do México e da Nova Califórnia, por exemplo, Noé se chama Coxcox e a pomba é substituída pelo colibri. Todos os Noés, seja o mesopotâmico, o grego, o mexicano, o celta (que se chamava Dwyfan e sua mulher Dwyfach), são avisados por Deus (naturalmente o Deus de cada um desses povos) que estava irritado com a corrupção do gênero humano e manda o seu escolhido construir uma arca. Só mesmo uma ingenuidade excessiva poderia fazer-nos aceitar o relato público do dilúvio como uma realidade histórica ou divina. A lenda bíblica do dilúvio corresponde a um mito dessa fase bem conhecida da História dos povos antigos, que é a fase mitológica. Sua realidade não é histórica nem divina: é simplesmente alegórica. O dilúvio é uma lenda que corresponde a um passado mitológico, comum a todos os povos.

A Consciência Primordial

Quando o Criador fez manifestar toda a sua criação, emanação de si mesmo, no surgimento das estrelas, dos planetas, dos sistemas solares e das galáxias, toda a consciência era una: a Consciência Primordial. Esta consciência esteve circulando dentro da criação, durante bilhões de anos, expandindo-se e contraindo-se, entrando e saindo das galáxias, observando a matéria que o Criador gerou, à sua beleza, o seu poder e o seu potencial. Percebia o campos gravitacionais e a vida dinâmica dó plano material, um constante desafio para a consciência. A vida biológica ainda não existia. Então, parte da Consciência Primordial enfocou a sua atenção na matéria e em seu campo vibratório, de uma forma desconhecida, porém, poderosa. Aos poucos, foi-se aproximando suavemente, permeando-a, dando-lhe vida e fazendo com que as partículas inertes desta matéria vibrassem. Era como se fosse um sopro sutil de vida, um leve ondear das águas ou uma leve brisa soprando. Esta era a primeira simbolização do contato entre espírito e matéria. A outra parte da Consciência Primordial permaneceu fora da matéria, encaminhando-se para realizar outra experiência. O Reino Angélico A parte não materializante da Consciência Primordial denominou-se de REINO ANGÉLICO. A parte materializante foi a que denominamos HUMANIDADE. Aqueles qua foram denominados ANJOS tiveram a função de acompanhar o processo da humanidade e ajudá-la na sua evolução. A medida que a Consciência foi penetrando na matéria, foi também esquecendo-se de sua origem e natureza cósmica. Processo este necessário para divinizar a matéria evolutivamente. Foi justamente esta identificação que levou o ser humano ao esquecimento de sua origem. Houve nesse tempo, um acordo entre os dois - lados, a fim de que um dia, os Anjos ajudassem a humanidade a recordar-se coletivamente de sua origem, despertando a sua consciência para a sua origem divina. O Processo de Evolução A medida em que a Consciência entrava mais na matéria, tornava-se maior a sua identificação com a mesma e esquecia-se de sua origem. No princípio, a Consciência ainda percebia-se unida ao Todo. Contudo, a identificação com a matéria alcançou tal ponto, que se sentiu separada de Toda a Criação, perdendo o seu sentido de unidade com Deus. Desta separação surgiu um pequeno ego. Nesse exato momento, deu-se a “queda” que o levou à “expulsão do Paraíso”. Com sua grande identificacão com a matéria, sentiu-se totalmente dependente dela. Separado do Todo, surgiu o Medo, onde começou a perceber-se somente na consciência espaço-tempo, centralizando-se em seu pequeno ego, perdendo a sua identificação com o Criador. Este deslocamento da Consciência deu-se aos poucos. Um processo lento, mas suficiente para começar uma longa descida através dos vários níveis da Consciência, reprimindo cada vez mais a energia e enquadrando-a nos limites da matéria. O Reino Angélico vive dentro da liberdade total, uma liberdade natural. Para o homem, a liberdade seria uma CONQUISTA, e por isto, consciente. Para esta conquista o homem foi dotado de LIVRE ARBÍTRIO para que através de sua próprias escolhas alcançasse a liberdade. O homem, através da percepção da dualidade, começou a utilizar-se do Livre Arbítrio, analizando, apreciando ou não, os caminhos oferecidos, por esta nova forma de “perceber” a Criação. Começou a sentir o Bem em oposição ao Mal, o Certo e o Errado, o Feio e o Bonito, ao invés de observar a unidade da vida como antes percebia. om a perda da confiança na perfeição do projeto universal veio a “queda” da Consciência para níveis cada vez mais densos. Faltou-lhe a fé que permitiu que o medo o atingisse.

O Propósito

Apesar da “queda” da Consciência, o homem não é prisioneiro dos eventos guardados pela memória coletiva. Não nasceu para queda e para o medo, mas sim, para a presença de Deus todos os dias. Contudo, o homem teima em não acreditar no propósito universal, e persiste em continuar crendo no medo e nas falsas crenças oriundas da visão distorcida da vida. De fato, o homem dorme sob a influência desse encantamento, que é uma ilusão que o impede de perceber quem realmente ele é. A missão dos anjos, nesse planeta, é tirá-lo desse sono da forma mais viável.

O SINAL convencionado do despertar coletivo foi dado há mais ou menos 2000 anos. As Leis Universais colaboram no processo do despertar, dando à Humanidade suporte e ao mesmo tempo, um limite, visto que o Livre Arbítrio é apenas como um treino para chegar-se à liberdade. Na verdadeira liberdade não existe a necessidade vital de “escolhas”. O Reino Angélico quer estabelecer contato com todo o reino humano e não somente com alguns da espécie. Apenas um tênue véu separa o homem da sua verdadeira natureza e é a missão angélica que ajuda o homem a transpô-lo e a despertar para a realização de seu destino.

A linguagem dos Anjos No estado de consciência, no qual os Anjos vivem, não existe uma comunicação verbal como a do homem. A linguagem humana foi criada pela humanidade para facilitar a comunicação dentro da matéria e, na realidade, expressa pobremente a mensagem angélica. A linguagem original dos homens é a linguagem dos Anjos. Podemos chamá-la de linguagem da luz porque é uma comunicação vibracional, é pura energia. Estamos agora sendo ajudados a recordá-la através da inspiração e da intuição. A linguagem humana é conceitual, concreta; a dos Anjos é vibracional (emite onda de som e luz e só a captamos através da sensibilidade). À medida em que o homem for recordando-se desta forma de comunicação, conseguirá captar e traduzir melhor as Mensagens Angélicas. Quanto mais o homem abrir-se para a compreensão do que está além dos limites das palavras, quanto mais silenciar os pensamentos e focalizar a sua atenção na vibração mais sutil, compreenderá mais rapidamente as mensagens que lhe são enviadas. Quanto mais o homem libertar-se das definições e conceitos, geralmente ilusórios, mais existirá a possibilidade de uma grande mudança acontecer. Quanto mais a humanidade abrir-se para a sintonia com essa mensagem, mais próxima estará da transformação, começando a perceber-se Una com o Criador.

18/10/2007

11/10/2007

09/10/2007

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Notas de Rodapé

1 – em anexo

2 -Excetuado Paulo, versado nas letras.

3 -Sabatier, diretor da seção dos Estudos superiores, na Sorbona, "Os Evangelhos Canônicos", pág. 5. A Igreja sentiu a dificuldade em encontrar novamente os verdadeiros autores dos Evangelhos. Daí a fórmula por ela adotada: vanfelho segundo...

4 -Ver notas complementares ns. 2, 3 e 4 no fim do volume.

5 -São assim designados os de Marcos, Lucas e Mateus.

6 -Ver nota complementar n 1, no fim do volume

7 -Ver nota complementar n°- 3.

8 -A obra de S. Jerônimo foi, efetivamente, mesmo em sua vida, objeto das mais vivas críticas; polêmicas injuriosas se travaram entre ele e seus detratores.

9 -Ver notas complementares nem. 2 e 3.

10 - Ver "Os deicidas", por Cahen, membro do Consistório israelita.

11 -Ver minha obra "Depois da Morte", págs. 9 a 100.

12 -Ver também nota complementar

13 -Ver nota complementar n 5.

14 - Ver Bellemare, "Espírita e Cristão", págs. 351 e seguintes.

15 - Ver nota complementar n°- 5.

16 -Essa parábola adquire maior relevo pelo fato de ser a água, para os judeus cabalista, a representação da matéria, o elemento primitivo, o que chamaríamos hoje o éter cósmico.

17 -Ver Pezzani, "A pluralidade das existências", páginas 187 e 190.

18 -Ver nota 6, no fim do volume.

19 -Em hebraico, o verdadeiro sentido da palavra anjo, melach, é mensageiro.

20 -O dom de profecia não consistia simplesmente em predizer o futuro, mas, de um modo mais extenso, em falar e transmitir ensinos sob a influência dos Espíritos.

21 -Ver, quanto ao conjunto desses fenômenos, a nota complementar n°- 7, sobre "Os fatos espíritas na Bíblia", no fim do volume.

22 -Jesus tinha escolhido discípulos, não entre homens instruídos, mas entre sensitivos e videntes, dotados de faculdades mediúnicas.

23 -Estes pormenores, que talvez surpreendam o leitor, não são um produto de nossa imaginação. Foram-nos comunicados por alto Espírito, cuja vida esteve envolvida com a do Cristo. 0 mesmo se dá em muitas passagens deste livro.

24 -João, XX, 1517 e 2428.

25 -Ver nota ns 9, sobre "O perispírito ou corpo fluídico".

26 -Clemente de Alexandria refere uma tradição que circulava ainda no seu tempo, segundo a qual João enterrara a mão no corpo de Jesus e o atravessara sem encontrar resistência. ("Jesus de Nazareth", por Albert Réville, 2°- vol., nota à pág. 470)

27 -Ver minhas outras obras, especialmente "Depois da Morte" e "No Invisível" - "Espiritismo e Mediunidade".

28 -W Crookes - "Pesquisas sobre os fenômenos espíritas"; Russell Wallace -

"O moderno espiritualismo"; Aksakot - "Animismo e Espiritismo". Relativamente a

uma série de fenômenos análogos e mais recentes, ver também Leon Denis - "No Invisível" - É "Espiritismo e Mediunidade", cap. XX.

29 - Ver "No Invisível"-"Espiritismo e Mediunidade", pág. 332.

30 -Ver a morte de Estevão: Atos, VII, 55 e 56.

31 -Ver "No Invisível", pág. 346.

32 -Apocalipse, XIX, 10.

33 – Idem

34 -Idem

35-Idem

36-Idem

37 -Denominavam-se então os médiuns profetas.

38 -Na versão grega dos Evangelhos e dos Atos, a palavra espírito está muitas vezes isolada. S. Jerônimo acrescenta-lhe a de santo; e foram os tradutores franceses da Vulgata que daí fizeram o Espírito-Santo, (Ver Bellemare - "Espírita e Cristão", págs. 270 e segs.

39 - Atos dos Apóstolos, X, 10-16,28,29,44-48; XVI, 6-10; XXI, 4; Ep. Romanos - XIV, 14;1 Cor. - XII e XIV. - Ver também nota n 6.

40 - O Esse "Livro do Pastor" era lido nas igrejas, como o são atualmente os Evangelhos e as Epístolas, até o século V. São Clemente de Alexandria e Orígenes a ele se referem com respeito. Figura no mais antigo catálogo dos livros canônicos recebidos pela Igreja Romana e foi publicado por Caio em 220.

41 -Atos, XII, 55, 56; IX, 10, 12; XVI, 9 etc.

42 -Atos, XII, 7-10. Ver também v. 19 e XVI, 26.

43 -Ibid., VIII, 39. 40.

44 -Atos, VIII. 9-13.

45 -Ibid., II, 44-47; IV, 32-36.

46 -Resumo da história eclesiástica", pelo abade Racine. São Gregório de Nissa, em sua "Vida de S. Gregório o taumaturgo", refere essa visão. Ver "Obras de S. Gregório de Nissa", edição de 1638, t. III, págs. 545 e 546.

47 -"Orígenes", edição beneditina de 1733, t. I, págs. 361 e 362.

48 -Alb. de Broglie, "A Igreja e o Império romano no século quarto", t. I, págs. 214 e segs.

49 -Filostórgio, II, 9. Ver "A Igreja e o Império Romano no século quarto", por Alb de Broglie, t. II, pá.g. 153.

50 -Confissões, livro. VIII, cap. XII.

51 -Carta a Evodius. Ep. CLIX. edição dos Beneditinos, t. 11, col. 562, e "De cura pro mortuis", t. VI, col. 523.

52 -De cura pro mortuis, edição beneditina, t. VI, col. 527.

53 -Lé-se na Suma (1, qu. 89, 8 2.m): °o espírito (anima separata) pode aparecer aos vivos".

54 - per nota complementar no 6, no fim do volume.

55 -História da Igreja galicana, t. 1, pág. 84.

56 -Hist. ecies., liv. N, 6.

57 -Hist. ecies., liv. 11, 3.

58 -Ibid., liv. I, 9.

59 -Padre de Longuevsl, "História da igreja galicana", 1, 84.

60 -De Maistre de Sacy, "Comentários sobre São Paulo", 1, 3, 22, 29.

61 -per, quanto às particularidades desses fatos. E. Bellemare, "Espírita e Cristão", Pág. 212.

62 -Essas palavras se referem à seguinte passagem do Salmo LXXXI, v. 6: "Eu disse: vós sois deuses c todos filhos do Excelso."

63 -per nota complementar n 8.

64 -Se, em sua linguagem parabólica, Jesus algumas vezes se denomina filho de Deus, com muito mais freqüência se designa filho do homem. Esta expressão se encontra setenta e seis vezes nos Evangelhos.

65 -Lucas 126-28.

66 -Marcos, 111, 21.

67 -Cor., XV, 13-15.

68 -O que se denomina milagres são fenômenos produzidos pela ação de forças

desconhecidas, que a ciência descobre cedo ou tarde. Não pode existir milagre no sentido de postergarão das leis naturais. Com a violação dessas leis, a desordem e a confusão penetrariam no mundo. Deus não pode ter estabelecido leis para, em seguida, as violar. Ele nos daria, assim, o mais pernicioso exemplo; porque, se violamos a lei, poderemos ser punidos, ao passo que Deus, fonte da lei, terá atentado contra ela?

69 - A quedada humanidade em Adão - diz o abade de Noirlieu em seu "Catecismo filosófico para uso dos seculares" - e a sua reparação em Jesus-Cristo, são os dois grandes fatos sobre que repousa o Cristianismo. Sem o dogma do pecado original não mais se concebe a necessidade do Redentor. Por isso, nada é ensinado mais explicitamente pela Igreja do que a queda de Adão e as suas funestas conseqüências, para todos os seus descendentes."

70 - Ep. a Timóteo. cap. li. 5.

71 -Essa expressão "mediador" é, além disso, aplicada três vezes a Jesus pelo autor da "Epístola aos Hebreus".

72 -De Pressensé, "Jesus Cristo, seu tempo, sua vida, sua obra", pág. 654. Encontra-se essa opinião em muitos autores católicos.

73 -P Janvier, "Explicação da moral católica". "O vício e o pecado". - ver também "Ia libre Parole", 3 de novembro de 1907.

74 -S. Jerônimo, Obras, edição beneditina de 1704, t. III, col. 514; S. Jerônimo cita os seguintes textos: Rom., XI, 25, 26, 32; Mich. VII, 9, 19, etc.

75 -A palavra eterno, que tão freqüentes vezes se encontra nas Escrituras, parece não dever ser tomada ao pé da letra, mas como uma dessas expressões enfáticas, hiperbólicas, familiares aos orientais. É um erro esquecer que tudo são símbolos e imagens em seus escritos. Quantas promessas, pretensamente eternas, feitas ao povo hebreu ou a seus chefes, não tiveram realização! Onde está essa terra que os israelitas deviam possuir eternamente - in aeternum - (Pentateuco, passim). Onde essas pedras do Jordão, que Deus anunciava deverem ser, para o seu povo, um monumento eterno (Josué. VI, 7)? Onde essa descendência de Salomão, que devia reinar eternamente em Israel (I Paralipom., XXII, 10), e tantas outras, idênticas promessas? Em todos esses casos, a palavra eterno parece simplesmente significar: longa duração. O termo hebraico ôlam, traduzido por eterno, tem como raiz o verbo âlam, ocultar. Exprime um período cujo fim se desconhece. 0 mesmo acontece à palavra grega aion e à latina aeternitas. Tem esta como raiz aetas, idade, Eternidade, no sentido em que o entendemos hoje, dir-se-ia em grego aidios e em latim sempiternus, de semper, sempre. (Ver abade J. Petit, Résurrection, de abril 1903). As penas eternas significam então: sem duração limitada. Para quem não lhes vê o termo, são eternas. As mesmas formas de linguagem eram empregadas pelos poetas latinos Horácio, Virgílio, Estácio e outros. Todos os monumentos imperiais de que falam devem ser, diziam eles, de eterna duração.

76 -Extraído do "Exame critico das doutrinas da religião cristã", de Patrício Laroque. As palavras são citadas em grego.

77 -Mr. Méric, "A outra vida", t. 11 apêndice.

78 -Ver nota complementar n°- 9.

79 -Epist. aos Coríntios. XV, 450 (traduzido do texto grego); ver também XV, 52-56; Epíst. aos I•`ilip., III, 21; depois S. João, V, 28 e 29; S. Inácio, Epíst. aos Trallianos, Ix,

80 - bade Petit, A renovação religiosa, págs. 4&53. Ver também nota no 9, no fim deste volume.

81 -Abade Petit, obra citada, pág. 53.

82 -Padre Marchal, 0 Espírito Consolador. pág. 24.

83 - Atos, VIII, 17; XIX, 6, etc.

84 -Mat, III, 6; Lucas, XVIII, 13; Tiago, Epist, V, 16; João, 1 Epist., I, 9; etc.

85 -Lucas, XXII, 19; 1 Cor., XI, 23-25.

86 -Emílio Burnouf, A ciência das religiões, pág. 222.

87 -Mateus XXIII, 8.

88 -Atos, X, 26.

89 - Ver, na nota n 10, o texto de condenação de Galileu em 1615

90 -Quase nada parece ela disposta a evolver em tal sentido, e ainda em 1908 excomungou o abade Loisy por haver articulado em suas obras que a divindade do Cristo não é, historicamente, demonstrável. (Nota da segunda edição.)

91 -Ver nota complementar n-° 1, no fim do volume.

92 -Um escritor materialista de nomeada, o Sr. Emílio Ferrière, confessa em sua obra "A causa primária", (Alcan, 1897) que a ciência materialista é incapaz de organizar um plano lógico de moral.

"Quanto às conclusões morais, diz ele, as trevas são de tal modo espessas e tão Violentas as contradições, que ficamos reduzido ao único partido filosófico prudente, a saber: resignar-se à ignorância".

93 - Ver "Depois da Morte", cap. VIII.

94 -Segundo as estatísticas, o número dos mortos voluntariamente se elevou de trezentos per cento, de cinqüenta anos para cá.

95 -"Filosofia natural” -pág. 210.

96 -"O Anti-Cristo", por Frederico Nietzsche.

97 -Ver No Invisível - "Espiritismo e Mediunidade", cap. XX.

98 -Ver capitulo V.

99 -Russell Wallace - "O moderno espiritualismo", página 139.

100 - A retina, que é o mais perfeito dos nossos órgãos, percebe as ondulações etéreas desde 400 trilhões por segundo até 790 trilhões, isto é, tudo o que constitui a gama das cores, do vermelho, numa das extremidades do espectro solar, ao violeta, na outra extremidade. Fora daí, a sensação é nula. 0 professor Stokes conseguiu, entretanto, tornar visíveis os raios ultravioletas, fazendo-os atravessar um papel embebido em solução de sulfato de quinina, que reduz o número das vibrações. Do mesmo modo, o professor Tyndall tornou visíveis, por meio do calor, os raios infravermelhos, inapreciáveis à vista no estado normal.

Partindo desses dados, podemos cientificamente admitir uma seqüência ininterrupta de vibrações invisíveis, e daí deduzir que, se os nossos órgãos fossem suscetíveis de receber a sua impressão, poderíamos distinguir uma variedade inimaginável o de cores ignoradas, e também inúmeras formas, substâncias, organismos, que presentemente não se nos revelam, em conseqüência da imperfeição dos nossos sentidos.

101 -Ver, entre outras, a obra do Dr. Baraduc, "A alma humana, seus movimentos, suas luzes".

102 -Ver "Revista Espírita", novembro de 1894, com o fac-símile e as obras do

coronel de Rochas, "Exteriorização da sensibilidade" e "Exteriorização da motricidade".

Análogos resultados se encontram no caso do médium Herrod, e no caso afirmado pelo juiz Carter (Aksakof, "Animismo e Espiritismo", págs. 78 e 79) assim como nos testemunhos do Sr. Glendinning (Borderland de julho 1896).

Ver também G. Delanne, "As aparições materializadas dos Vivos e dos Mortos", e H. Durville, "O fantasma dos Vivos".

103 -Ver caps. V, VIII; - "Depois da Morte", cap. XXI e "No Invisível", caps. 111 e

104 -Segundo o Sr. Gabriel Delanne, que se aplicou a um estudo consciencioso e aprofundado do corpo fluídico, o perispírito é um verdadeiro organismo fluídico, um modelo em que se concreta a matéria e se organiza o corpo físico. É ele que dirige automaticamente todos os atos que concorrem para a manutenção da vida. Sob o influxo da força vital, dispõe as moléculas materiais de conformidade com um desenho, um plano determinado, que representa todos os grandes aparelhos do organismo: respiração, circulação, sistema nervoso, etc., que são as linhas de força.

É esse modelo, esse "Invisível desenho ideal pressentido por Claude Bernard", que mantém a estabilidade do ser no meio da renovação integral da matéria organizada; sem ele, a ação vital poderia tomar todas as formas, o que não se verifica.

É igualmente de acordo com esse plano fluídico perispiritual que é regulada a evolução embriogênica do ser, até à organização completa.

Ver G. Delanne, "A evolução anímica" e "As aparições materializadas dos vivos e dos mortos".

105 -Ver nota complementar n°°-13.

106 -Investigações sobre os fenômenos do espiritualismo “, Leymarie, editor”.

107 -Ver "0 Psiquismo experimental", por A. Erny, página 184. - Ver também minha obra "No Invisível", cap. XX.

108 -"Revue Scientifique et Morale du Spiritisme", dezembro 1909 e janeiro 1910

109 -Ver "O psiquismo experimental", por Erny. - página 145.

110 -Ver "Annales des Sciences Psychiques", fevereiro 1908.

111 -J. Maxwell "Phenomènes Psychlques". pág. 260.

112 -"Depois da Morte" e "No Invisível".

113 -Ver "No Invisível", cap. XVIII.

114 -Ver "Espiritismo ou Faquirismo ocidental", pelo Dr. Gibier.

115 -Ver a Internacional Review “, setembro 1909”.

116 -Ver "No Invisível", cap. XIX.

117 -Ver "No Invisível", caos. IX e X.

118 -Ver "Annales des Sciences Psychiques", agosto, setembro e novembro 1907 e fevereiro 1909.

119 - . Ver, nota complementar n' 13, o caso do professor Hare.

120 - . E Janet, "o automatismo psicológico."

121 -Ver "O Problema do Ser e do Destino", cap. IV.

122 -Ver nota complementar n 12 e "No Invisível", "Identidade dos Espíritos", cap. XXI.

123 -Ver "Depois da Morte", cap. XXXVII.

124 -"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que tique eternamente convosco o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê nem o conhece". (João, XVI, 16, 17)

125 -Ver cap. IX.

126 -Ver "O Problema do Ser e do Destino".

127 -Ver a resenha do Congresso Espírita de Barcelona, 1888. Livraria das Ciências psíquicas, Paris.

128 -Habitações dos mineiros belgas.

129 -Russell Wallace, "O moderno espiritualismo", página 295.

130 -A Igreja, pelo órgão dos seus mais autorizados teólogos, julgou ter o direito de afirmar que nenhum sentimento de piedade e caridade subsistia no coração dos crentes e dos bem-aventurados a respeito dos que tivessem, porventura, sido seus pais, parentes, companheiros de existência neste mundo:

"Os eleitos, no céu, não conservam sentimento algum de amor e amizade pelos réprobos; não sentem por eles compaixão alguma e até gozam do suplicio de seus amigos e parentes."

"Os eleitos o gozam no sentido de que se sentem isentos de torturas, e que, por outro lado, neles terá expirado toda compaixão, porque admirarão a justiça divina". (Summa Theologla, de S. Tomás de Aquino; suplemento da parte III, quest. 95, arts. 1, 2 e 3, edição de Lião, 1685, t. 11, pág. 425)

É também essa a opinião de S. Bernardo (Tratado de Diligendo Deu, cap. XV, 40; edição Mabillon, t. 1, col. 601).

Daí a conseqüência tirada por certos autores místicos: “Para chegar, desde este mundo, à vida perfeita, é preciso não conservar ligação alguma culposa; se, pois, um pai, mãe, marido ou esposa, etc., morreram como criminosos, ostensivamente e em estado de pecado mortal, convém arrancar do coração toda a lembrança deles, pois que são perpetuamente odiados por Deus e ninguém os poderia amar sem Impiedade’”.

Doutrina monstruosa, destruidora de toda a idéia familiar e bem diferente dos ensinos do Espiritismo, que fortificam o espírito da família, mostrando-nos os vínculos que ligam seus membros, preexistentes e persistentes na vida do espaço. Nenhuma alma é odiada por Deus. O Amor infinito não pode odiar. A alma criminosa expia, redime-se, cedo ou tarde se reabilita com o auxilio de suas irmãs mais adiantadas.

131 -Cap. III, 22.

132 -XIX, 3.

133 -.Daniel", V, 11.

134 -tudo é nada “diz o texto hebraico”.

135 - "Amós" V, 22, 24.

136 -"Isaías", LVIII, 4-8.

137 - ,,Miqueias “, VI, 8”.

138 -Cerca do ano 700 antes da nossa era.

139 -F, Josef. "Guerra dos Judeus contra os romanos".

Trad. de Arnald d'Andilly, edição de 1838, de Buchon, livro IV, cap. XIX. pág. 704.

140 -.Mateus “, XXVII, 46. - Marcos, XV, 34”.

141 -"Lucas", XXIII, 46.

142 -"João", XIX, 30.

143 -«Mateus “, XXVIII, 9.” Marcos “, XVI, 9.” Lucas “. XXIV, 15. -,,João", XX,

144 -"Enciclopédia das ciências religiosas", de E Lichtenberger

145 -"As bíblias e os iniciadores religiosos da humanidade", por Leblois, pastor em Strasburgo.

146 -Ver a esse respeito o prefácio dos Beneditinos ao comentário do Evangelho segundo S. Mateus. "Obras de S. Hilário", cols. 599-600.

147 -Ver Júlio Blois, "O mundo invisível", pág. 62.

148 -T 1, pág. 28.

149 -Ver, a esse respeito, S. Justino, "Apologética", 1, 18, passagem adiante citada em a nota 8.

150 -Em certas Bíblias esse capítulo figura à parte, sob o titulo "História de Susana".

151 - . Ver 1 Reis, XXVII, 6 e segs.

152 - . Tradução francesa de Paul Sabatier, doutor em teologia, Paris, Fischbacher, 1885.

153 -"Sofrônius", cap. CXLVII.

154 Em Lipoman, t. VI. Discurso acerca do sínodo de Nicéia. 155 Livro VIII, cap. XXIII.

156 -Ver "Revue Scientifique et Morale du Spiritisme", fevereiro 1900.

157 -Ver Leon Denis, "No Invisível" - "Espiritismo e Mediunidade", cap. XV111.

158 -4 de outubro de 1875.

159 -4 de agosto de 1876.

160 -Ver "Annales des Sciences Psychiques", fevereiro de 1906, pág. 120.

161 -Ver, por exemplo, "Isaías", XLVII, 12-15.

162 -Ver também o fantasma do "Livro de Jô", IV, 13-16.

163 -Ver "Depois da morte", cap. 1°-.

164 Ver, entre outros fatos, no livro II dos Macabeus a aparição do profeta jeremias e do sumo-sacerdote Onias a Judas Macabeu.

165 -"Números" XXII, XXIII, XXIV.

166 -Ver A de Rochas. "Exteriorização da sensibilidade" e "Exteriorização da motricidade"; - G. Delanne, Aparições materializadas dos vivos e dos “mortos”; - H. Durville, "O Fantasma dos vivos".

FIM